O Horário de Verão – ou Daylight Saving Time (DST) – é uma medida que avança os relógios para tentar utilizar ao máximo a luz solar e economizar energia gasta em eletricidade. A prática é popular em países como os Estados Unidos e em alguns locais da Europa.
O primeiro Horário de Verão no Brasil ocorreu na década de 1930, mas só passou a vigorar sem interrupções a partir de 1985 – com pequenas alterações no período de duração e nos estados que aderem à prática. A alteração de horário divide a opinião dos brasileiros. Alguns amam e reconhecem sua eficiência, enquanto outros não gostam e amargam o período de adaptação.
No entanto, a medida contribui para a sustentabilidade de nosso planeta e economia de energia elétrica. Para explicar melhor os benefícios da alteração de horário, a Ultraluz responde: Afinal, como surgiu, como funciona e qual a economia gerada pelo Horário de Verão?
Como surgiu o Horário de Verão?
Um dia Benjamin Franklin, famoso político e inventor que viveu em meados do século 18 sugeriu que as pessoas acordassem mais cedo e realizassem suas atividades em consonância com a luz do sol. Isso para diminuir o consumo de velas em residências e fábricas, já que não existia a energia elétrica. A iluminação era basicamente feita por meio de velas e luz natural. As autoridades da época acharam a ideia estranha, por isso ela não saiu do papel.
Depois, vários outros países tentaram implementar o Horário de Verão. Estudiosos tentaram provar suas vantagens, mas sem sucesso. Foi só em 1916 que a Alemanha aderiu à medida, visando economizar carvão durante a 1ª Guerra Mundial.
Como funciona?
Na época do Horário de Verão os dias são mais longos, devido à posição da Terra em relação ao sol. Por isso, podemos aproveitar mais a luz natural. Mas a medida só funciona em regiões mais afastadas da Linha do Equador, já que nas regiões mais próximas os dias e as noites têm a mesma duração durante todo o ano.
Um decreto instituído em 2008 fixou a duração média do Horário de Verão para quatro meses e também os períodos de início e fim. Desta forma, o horário modificado deve entrar em vigor sempre no terceiro domingo de outubro e acabar no terceiro domingo de fevereiro (exceto quando for domingo de Carnaval, exceção para retroceder os relógios apenas no quarto domingo do mês).
Portanto, em 16 de outubro de 2016, moradores dos estados das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e do Distrito Federal devem adiantar seus relógios. A retomada do horário tradicional deverá acontecer em 19 de fevereiro.
Economia e benefícios
O principal benefício do Horário de Verão é a redução na demanda de energia elétrica justamente no período de fim de tarde, que é quando essa demanda aumenta. Quando a luz natural é melhor aproveitada, o consumo de energia com iluminação artificial é reduzido. Outra vantagem é a redução dos problemas operacionais causados pela sobrecarga em sistemas de transmissão e redes elétricas.
De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) em 2015, o Horário de Verão contribuiu para a redução de 2.598 megawatts na demanda de energia durante o horário pico. Só no subsistema Sudeste/Centro-Oeste a redução foi de 1.950 MW – valor equivalente ao dobro da demanda da cidade de Brasília. Além da redução, também houve ganho de armazenamento de energia nas hidrelétricas.
A economia gerada pelo horário modificado também pode se refletir em casa, mas é preciso aderir a algumas medidas simples. Você pode utilizar tecnologia LED em seu sistema de iluminação, por exemplo. As lâmpadas de LED têm eficiência comprovada e consomem muito menos energia em relação às convencionais.
Fique atento também ao comprar aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos e prefira os mais econômicos e que consomem menos energia. A identificação pode ser feita por meio do Programa Brasileiro de Etiquetagem, realizado pelo Inmetro.
Para economizar no uso do ar condicionado lembre-se de manter as portas do ambiente fechadas e o aparelho desligado quando não houver ninguém no local.
Adaptação
A adaptação é a maior vilã do Horário de Verão. Segundo estudo realizado pela Umemura no Grupo Multidisciplinar de Desenvolvimento e Ritmos Biológicos, o corpo demora em média 14 dias para se acostumar à nova rotina. Neste período a alteração pode provocar falta de atenção, de memória e problemas no sono. Uma dica para tentar minimizar os efeitos negativos do horário modificado em seu relógio biológico é acordar 15 minutos mais cedo diariamente e fazer a transição aos poucos.
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